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31/5/2011 - Jundiaí - SP

Confira a programação do Cineclube na Cidade em junho




da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí

O Cineclube na Cidade tem continuidade no mês de junho. O projeto que cria um espaço alternativo de cinema com debates, convidados, oficinas de produção de vídeos e exibição em 16 mm, é realizado pela Secretaria de Cultura, com o apoio do Cineclube Consciência e oferece mais uma opção de cultura gratuita em Jundiaí. As exibições de filmes acontecem às quartas-feiras, às 19h30, na Sala Glória Rocha.

Em junho, a programação conta com um ciclo de filmes baianos, exibindo cópias restauradas de produção premiadas e diretores como Glauber Rocha, Roberto Pires e Trigueirinho Neto. Confira a programação completa do mês:

Dia 1 de junho, às 19h30
Bahia de Todos os Santos
(1960, longa metragem, ficção, 102 minutos, Brasil)
Classificação indicativa: 14 anos
Direção: Trigueirinho Neto
Durante a ditadura do Estado Novo, jovem rejeitado pelos pais sobrevive de pequenos furtos no porto de Salvador e dos favores de uma amante inglesa. Sua vida fica complicada quando se envolve com um grupo de operários grevistas. Temas polêmicos como religião e política, autoritarismo e greve operária, adultério e racismo perpassam o filme. Por sua estética avessa ao tradicionalismo reinante no cinema brasileiro da época, o filme foi saudado por personalidades como Glauber Rocha e terá influência significativa na formação do movimento cinemanovista. Prêmio Saci de Melhor argumento, produtor e atriz para Arassary de Oliveira, em 1961. O elenco conta com Antonio Pitanga, Lola Brah, Geraldo Del Rey, Sadi Cabral, entre outros.


Dia 8 de junho, às 19h30
Barravento
(1961, longa metragem, ficção, 81 min, Brasil)
Classificação indicativa: 14 anos
Direção: Glauber Rocha e Trigueirinho Neto
Pescadores de xareú vivem numa pequena aldeia presos a antigos cultos místicos e à mercê do proprietário de uma rede. Vindo da cidade, um antigo morador da vila retorna à sua terra natal e coloca em xeque os valores religiosos e sociais que organizam a vida do lugar. Primeiro longa-metragem dirigido por Glauber Rocha e é uma das primeiras expressões do chamado Ciclo Baiano de Cinema, momento de grande efervescência cultural em Salvador, do qual emergiu, entre outros clássicos, os longas A grande feira e Tocaia no asfalto, de Roberto Pires. Reunindo alguns dos principais elementos da poética glauberiana, Barravento é também um prenúncio da explosão do Cinema Novo. O filme tem no elenco Antonio Pitanga, Luiza Maranhão, Aldo Teixeira, entre outros.

Dia 15 de junho, às 19h30
Redenção
(1958, longa metragem, ficção, 61 min, Brasil)
Classificação indicativa: 14 anos
Direção: Roberto Pires
Dois amigos recebem a visita de um homem misterioso que diz que seu carro acaba de quebrar na estrada. Ele pede para passar a noite na casa deles. Os rapazes o acolhem e, no dia seguinte, deixando o homem sozinho, os dois partem para a cidade. Por meio de uma notícia de jornal, descobrem que há um psicopata na região. Primeiro longa-metragem do cinema baiano, Redenção alcançou considerável sucesso de público em Salvador. Nele, o pioneiro Roberto Pires já manifesta seu gosto pelo thriller policial, gênero que será trabalhado novamente em Tocaia no asfalto. Redenção também teve um papel fundamental para o surgimento do Ciclo Baiano de Cinema. Para rodar o longa, Roberto Pires, ao lado do produtor e cineasta Oscar Santana, criou a lente igluscope, versão brasileira para a lente cinemascope, última novidade recém-lançada na época pelos estúdios norte-americanos. Fotografia de Hélio Silva. Primeiro longa metragem do diretor Roberto Pires, tem no elenco Geraldo Del Rey, Braga Neto, Maria Caldas, entre outros.

Dia 22 de junho, às 19h30
A Grande Feira 
(1961, longa metragem, ficção, 92 min, Brasil)
Classificação indicativa: 12 anos
Direção: Roberto Pires
Montagem e Produção Executiva: Glauber Rocha
Feirantes de Água dos Meninos, em Salvador, são ameaçados de despejo por uma empresa imobiliária e lutam para não perder o terreno. A partir desse acontecimento, cria-se uma trama enredando diversos personagens – uma prostituta, um ladrão, um marinheiro e uma milionária romântica. Clássico da filmografia baiana, A Grande feira já prenuncia, por meio de sua construção narrativa peculiar, elementos de linguagem próprios ao cinema moderno, formas que eclodiriam logo depois, e radicalmente, com a explosão do Cinema Novo. No elenco, Helena Ignez, Geral Del Rey, Luiza Maranhão, Antonio Pitanga, entre outros.

Dia 29 de junho, às 19h30
Diamante Bruto 
(1977, longa metragem, ficção, 101 min, Brasil)
Classificação indicativa: 14 anos
Direção: Orlando Senna
Ator de telenovela retorna à sua terra natal – a cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina – depois de vinte anos de ausência. Reencontra seu amor de infância, uma garota negra e pobre que se preservara para ele. Os dois No entanto, encarando o sentimento amoroso de forma original, a menina não espera ser correspondida e recusa qualquer compromisso. Enquanto sofre com a conduta da amada, o jovem astro envolve-se com a dura realidade dos garimpeiros da região. Prêmio especial do Júri de Atriz revelação para Gilda no Festival de Gramado de 1978. Baseado no romance Bugrinha, de Afrânio Peixoto. Montagem de Roberto PiresO filme conta com José Wilker, Gilda Ferreira e Conceição Senna.



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