10/8/2011 - Jundiaí - SP

CPTM e Ingerop abrem debate no Seminário de Planejamento

da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí

Após a palestra de Jaime Lerner, o seminário desta terça-feira (9) prosseguiu com as apresentações dos trabalhos realizados pela CPTM e pela Ingerop, empresas que desenvolvem estudos em Jundiaí sobre mobilidade urbana. Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro falou sobre as ações da CPTM e Felipe Lagnado Cremonese, sobre os estudos da Ingerop.

Rocha Ribeiro lembrou que a CPTM surgiu em 1992 e atua em 24 municípios do Estado de São Paulo. “Iniciamos nosso trabalho atendendo 840 mil passageiros por dia, hoje chegamos a 2,4 milhões e até 2.014 pretendemos chegar a 3,3 milhões. Ele lembrou que a malha rodoviária utilizada é de 1878 e que o grande trabalho, além da manutenção, diz respeito às estações, “a maioria delas tombada pelo patrimônio que pouco podemos modificar”.

Felipe Cremonesi, da Ingerop, afirmou que sua empresa desenvolve, junto com a CPTM, estudos para a implantação de um novo sistema de transporte na cidade e que pode ser o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos. Ele afirmou que a vantagem deste transporte é sua preferência nos semáforos e a velocidade, que pode ser alternada de acordo com as necessidades do tráfego.

Após as apresentações, Jaime Lerner e o arquiteto português, Nuno Portas, que deu palestra na segunda-feira, se juntaram a Rocha e Cremonesi para responder perguntas dos participantes. E Lerner já abriu esta etapa comentando o projeto do VLT. “A implantação deste serviço vai depender de quanto o governo vai ter para subsidiar este transporte, mas não se pode esquecer que o veículo individual não ajuda neste tipo de mudança e o carro elétrico e a bicicleta aparecem também como alternativas”, disse Lerner. Para ele, as pessoas só mudam se a alternativa for melhor. Já Nuno Portas afirma que os custos são decisivos no momento de se definir o tipo de transporte público a ser adotado em uma cidade e isso envolve o final de semana e a semana toda.

 

Quando questionado sobre a moto como solução para a mobilidade, Jaime Lerner foi enfático: “a moto tem seu espaço sim, mas não pode ser suicídio. A moto é mais perigosa que a bicicleta e o Brasil é um País que mata, no trânsito, mais gente do que numa guerra, isso precisa ser pensado”.

Abordando CPTM e o VLT, surgiu um grande desafio: o relevo da cidade e a implantação do VLP, principalmente com relação ao seu custo. Silvestre lembrou que a frota dobrou de tamanho nos últimos anos e já há estudos para a implantação do trem expresso entre Jundiaí e São Paulo. “A velocidade é fundamental. O estudo mostra que uma viagem terá duração de 25 minutos entre estas duas cidades”.

Lerner lembra que dentro de todos os estudos para a implantação de transporte público devem ser analisadas duas propostas, uma de rápida solução- para implantação em até três anos – e outra a longo prazo. “Mas o ideal é adotarmos as duas”, conclui.