7/4/2011= - Jundiaí - SP

Oficina de Máscaras trabalha a criatividade e conhecimento dos jovens alunos

da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí

Trabalhar o imaginário, promover a autoestima e ensinar crianças e adolescentes a produzir máscaras criadas com o formato do rosto de cada aluno. Assim são as aulas da Oficina de Máscara, promovida pela Secretaria de Cultura, que acontecem em diversos bairros de Jundiaí.

Com dois meses de duração, as aulas já foram ministradas no Fazenda Grande e Eloy Chaves e a partir do próximo dia 11 acontecem no Centro das Artes, sob a monitoria de Carlos Pasqualin e Dulce Spina. O objetivo é descentralizar as oficinas para que toda população tenha acesso à cultura.

A máscara tem origem religiosa e, ainda hoje, na África, por exemplo, conserva o sentido primordial, manifesta a divindade e transmite ao portador todo o seu poder. Estes aspectos foram se esquecendo noutras culturas. Quando passa para o teatro, o sagrado desapareceu e a identificação faz-se entre ator e personagem, ou entre máscara e personagem. Ela representa disfarce, símbolo de identificação, mudança, identidade, transfiguração.

O curso inicia com um pouco de teoria sobre o tema a ser trabalhado. “Inserimos a data comemorativa da época em quea oficina é realizada, carnaval, cultura popular, primavera. É uma introdução que ajuda na criação das máscaras e promove o conhecimento das artes”, explica o monitor.

Após a teoria os alunos produzem máscaras neutras, que são moldadas no rosto de cada um. “Os jovens participam e fazem todo o processo de criação, iniciando pelo molde que é produzido em cima do rosto de cada um e, após o término do curso, pode ser levado para casa, com o objetivo que os participantes continuem a desenvolver as máscaras”, comenta Carlos.

Depois do molde pronto, a próxima etapa é montar a máscara a ser enfeitada. Utilizando papel e cola branca, os alunos começam a dar forma para o que poderá se transformar numa máscara de herói, vilão, monstro, ou seja, o que a imaginação mandar.

Gabriela Stefani Ramos Gonçalves tem apenas 10 anos e participou da oficina realizada no Fazenda Grande. A pequena não teve medo de colocar a mão na massa e sujar as mãozinhas para fazer sua máscara. “Para ficar bonito não podemos ter medo ficar cheio de cola e papel. Antes de entrar no curso eu não imaginava que podemos fazer uma máscara com o meu próprio rosto, o que é muito legal, pois vou levar o molde para minha casa e já tenho muitas idéias como fazer de gatinho, com estrelinhas, entre muitas outras”, imagina Gabriela.

Carlos explica que a oficina também desenvolve a coordenação motora, habilidades manuais, autoconhecimento, autoestima, imaginação e criatividade, além da descentralização dos cursos, oferecendo a oportunidade para a população de diversos bairros. “Ao ver o próprio rosto esculpido, os jovens têm um momento de reflexão do autoretrato e a partir de então começam a surgir questionamentos, elogios e também as ideias para os modelos de máscaras”, afirma o monitor.

A oficina também trabalha com a questão da conscientização ambiental, pois há o reaproveitamento de materiais como tampas de garrafas, que se transformam em brincos, entre outros materiais que são incorporados à aula.

Inscrições abertas

A oficina de máscaras está com inscrições abertas. Em abril e maio as aulas serão ministradas na região Central, no Centro das Artes de 11 de abril a 30 de maio. São dez vagas abertas para adolescentes acima de 15 anos.

As aulas serão ministradas por Carlos Pasqualin e Dulce Spina, para participar o aluno deve levar somente uma toalha de rosto. Os interessados podem se inscrever na Secretaria de Cultura, de segunda a sexta-feira das 9 às 17 horas, na Rua Barão de Jundiaí, 868, Centro. Informações pelo 4521-6922.