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9/8/2011= - Jundiaí - SP

Planejamento envolve discussões regionais




da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí

Discutir e planejar o espaçamento entre as edificações, visitar leis anteriores e descobrir o porquê de não terem dado certo, envolver diversos atores na discussão e na elaboração do planejamento, estudar as tendências da cidade atual e para onde ela vai, ampliar as discussões para o nível regional. Estas foram algumas das lições que os participantes do Seminário Internacional de Planejamento Urbano puderam tirar da apresentação do arquiteto português, Nuno Portas.

A partir do tema de sua palestra, “Planejamento: a cidade e a região”, Portas apontou para a necessidade de se envolver os diversos atores na elaboração do planejamento de uma cidade. “Ninguém é dono do planejamento”, frisou, lembrando que hoje a realidade é bem diferente de há 50 anos, quando os arquitetos acreditavam que os planejamentos eram de propriedade deles. “É um processo contínuo que envolve durante todo processo de planejamento a participação de diversos atores: população, poder público, parceiros, investidores”, completou o arquiteto português.


Para Nuno Portas, há três considerações que se deve fazer ao iniciar o processo de planejamento: estratégia, ordenamento e operação. “O processo pode sofrer mudanças por conta das atividades, das práticas sociais e da cultura de cada cidade, que são variáveis com o passar dos anos”, comentou. “A melhor hora para os municípios é o período em que o plano está sendo desenvolvido. Não, a período de votação e, sim, o tempo de elaboração”, frisou.

Outra preocupação do arquiteto é da rigidez dos planos diretores. Para ele, os planos devem ser flexíveis para permitir uma discussão contínua. Para garantir o sucesso na elaboração e na operacionalização dos planos diretores, Portas destacou algumas estratégias. “É preciso reforçar as vantagens reconhecidas, atacar as debilidades, definir prioridades e recursos, reunir parceiros: hoje em dia não se faz nada sem parcerias privadas”, explicou, voltando a frisar a importância de envolver a região. “É importante negociar ações intermunicipais, reforçando a visão de conjunto e de ligação com os municípios vizinhos. Esta aproximação deve ser pelas afinidades daquilo que pretendem ou pelas diferenças”.

Infraestrutura e espaçamento

Nuno criticou os planos diretores que se baseiam mais na ocupação do solo e nas edificações do que na infraestrutura e no espaçamento. “A raiz das cidades está no espaço público, na infraestrutura que asseguram as mobilidades. Nesta área, as exigências e preocupações devem ser de longa duração: muito bem pensadas”, alertou.

Para o arquiteto, o planejamento das cidades deve ser discutido a partir dos espaçamentos entre as edificações. “O traçado da infraestrutura é centenário, as edificações não, mudam com o tempo e com os avanços do município”, analisou. “Nunca se fez boas cidades sem começar pelo traçado”, ressaltou.

Portas finalizou sua participação citando um conterrâneo, ao aconselhar sobre o Plano Diretor para Jundiaí. “Como diria o Rei Dom Manuel: sejam bons ruadores. Façam as ruas com cuidado e não deixem que as pessoas construam coisas que impeçam o traçado das ruas”.



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