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28/10/2019 - Jundiaí - SP

Simpósio sobre surdocegueira e autismo tem lançamento de livro




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

A terceira edição do Simpósio sobre Surdo-Cegueira, Autismo e Deficiências Múltiplas, realizada na manhã deste sábado (26) no auditório Pedro Fávaro da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), tratou da necessidade de uma maior inclusão na sociedade de pessoas com necessidades especiais. O evento também foi marcado pelo lançamento do livro “Descobrindo um mundo diferente”, da professora Valdinéia Aparecida do Nascimento. Ela leciona na EMEB Antônio de Pádua Giaretta, no Jardim Carlos Gomes.

Valdinéia é intérprete tátil do jovem Gustavo Henrique Mariano Gonçalves, de 12 anos, aluno da escola e protagonista da obra. “Ele é surdocego congênito e tem Síndrome de Peters. Se comunica usando o tato. O Gustavo é um exemplo de evolução social e pedagógica e já consegue se comunicar bem”, definiu a professora.

O livro conta passagens da vida do rapaz misturadas com personagens fictícios. Valdinéia conheceu Gustavo – morador do Jundiaí-Mirim – no primeiro ano do simpósio, em 2017. “Ele era agressivo, além dos problemas de nascença. Agia desta forma por não ser compreendido em sua comunicação. Era a forma que encontrava para se defender, sem falar no isolamento, que foi mudado um ano e meio depois, com o trabalho de libras táteis. Gustavo usa as mãos como ferramenta de comunicação”, revelou.

Samuel e Jéssica são os pais do adolescente e traduziram a sensação de Gustavo ao saber que seria personagem do livro. “Estou muito feliz. Este é um momento de realização e de descoberta para mim”.

“Descobrindo um mundo diferente” é voltado a educadores interessados em educação inclusiva. Tem histórias interessantes de Gustavo e dos personagens, além de desenhos que mostram passagens da vida do jovem. “Não existe um material como esse, destacando que existe transformação a partir da comunicação”, emendou Valdinéia, que também é pedagoga, psicopedagoga e tradutora e intérprete de libras.

Diretora
A diretora da EMEB Antônio de Pádua Giaretta, Adriana Menezes Tonholo, disse que o simpósio nasceu há dois anos inicialmente para divulgar a surdocegueira. “Quem tem esta deficiência pode ser atendido numa escola regular, como a nossa, porém devemos pensar na infraestrutura do colégio para melhor atender este aluno”, observou. O segundo evento foi focado em deficiências múltiplas e, o de 2019, com 360 pessoas inscritas, no autismo.

“O Brasil precisa saber como lidar com pessoas com deficiência. Em seguida, é necessária a criação de políticas públicas que atendam aos anseios destes indivíduos”, completou Adriana.
Valdinéia foi uma das palestrantes do evento deste sábado, ao lado de Sandra Samara Pires Farias, mãe da também surdocega congênita Janinne Pires Farias, de 27 anos. Janinne esbanjou simpatia e alegria no simpósio e veio da cidade baiana de Barreiras especialmente para participar da iniciativa da FMJ.

Estar em Jundiaí faz com que eu me sinta muito bem. Os surdocegos podem sim participar de todos os eventos que desejarem”, resumiu a jovem em gestos “traduzidos” pela mãe. Janinne ainda é professora de braile e faz faculdade de Pedagogia. Foi a primeira surdocega congênita do Brasil a ingressar numa instituição pública de ensino superior.



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